domingo, 15 de agosto de 2010



A Obesidade da mente

Domingo a tarde, friozinho capixaba ( que num é frio de verdade mas agente põe um agasalho pra não destoar da paisagem). Meu filho não quis ir no cinema, minha internet caiu e a empresa responsável não atende aos telefonemas. A patroa esta assistindo series na TV a cabo. Justo descanso de uma guerreira, jamais tiraria isso dela. Ainda que a vontade seja outra, com Calebão acordado não há chances de dança do acasalamento.
Enfim, como estou na iminência de uma cirurgia bariátrica ( dependendo apenas da boa vontade da equipe medica), resolvi elocubrar sobre obesidade. Mas não essa obesidade que me levará a uma sala de cirurgia. Sobre essa não há muito o que dizer. O mundo não é feito pra gordos e a OMS já disse que é doença. Resta apenas a sociedade acordar para respeitar o gordo e eventualmente, emagrecer. Refiro-me aqui sobre um tipo de obesidade muito perigosa porém ainda não detectada pela OMS e nem pela sociedade. A obesidade da mente.
Tenho refletido sobre o que faz com que a juventude humana venha já a algumas décadas numa decrescente criativa de fazer medo . a arte já não produz nada de relevante a tempo. E a tecnologia parece ser a menina dos olhos do mundo. Mas será que toda essa tecnologia faz bem ao ser humano? Será que os videogames em excesso, televisão e a internet com suas explosões e erupções de informação, em vez de nos empurrar pra frente não nos amarra num estado de dependência intelectual e criativa? Como imaginar se o game o PC e a internet já faz isso por nós? Se o homem chegou a Lya um dia foi por que acreditou na imaginação maluca de Julio Verne. Foi porque lendo , viajou com ele imaginou com ele, foi co-criador com ele. Alguma coisa maravilhosa acontece quando você faz uma corrida de tampas de refrigerante, ,numa pista de areia do parquinho. Alguma coisa dentro de você. E é o que transforma meras tampinhas em carros de corrida. O que transforma um bonequinho inerte num herói de ação. As falas, o enredo, a musica, esta tudo na sua imaginação. É o mundo perfeito do imaginário humano. Mas nossa preguiça intelectual deixa que empresas fetias por pessoas que tem imaginação, façam isso pro você. Já esta tudo La. No game, no filme, na net.
OS roleplaying games que eram umas das ultima esperanças de esforço criativo , foram sufocados por escândalos inventados por inquisidores religiosos, ou deram lugar aos RPGS online... onde a nóia de “evoluir” o personagem virou a única diversão. E o que dizer de Second life? Um lugar feito de dois tipos de pessoa:. Perdedores que sem capacidade imaginativa nenhuma , masturbam-se mentalmente numa vida virtual que não conseguiram ter no mundo real, e os que o exploram de alguma forma vendendo coisas virtuais (bits) pelo olho da cara. O que de alguma forma os faz também perdedores, pois vendem água no deserto. São traficantes de criatividade vendendo pra viciados desesperados. Poderiam estar criando algo muito mais significativo para o mundo do que versões digitais de calcinhas Victoria’s Secret, ou “skins” do pênis do Brad Pitt. E os viciados em consumo da criatividade alheia, em sua fome gerada por uma obesidade mental que os impede de criar, de seguir em frente, consomem.
Não descarto aqui nenhum benefício gerado pela tecnologia. Pelo contrário, sou um adepto da congregação mundial dos Terabytes, dos chips. Esse mesmo blog e a possibilidade de você poder ler isso mesmo morando em Piraporinha do Norte ou na Sibéria ou em Guaranhuns, Vila Velha é fenomenal. De fato a tecnologia é o fruto da necessidade humana. Minha critica é nessa falta de interesse pela real criatividade por parte sobretudo da juventude.um desinteresse por qualquer coisa que demande um mínimo esforço intelectual concreto. Esse sedentarismo intelectual que gera uma obesidade mental que a longo prazo tem nos levado até esse estado semi-vegetativo em que vivemos.
As causas disso? Poderia enumerar um conjunto delas:
1) uma política emburrecedora por parte de nosso lideres a fins de manter no seu cabresto eleitoral, crianças democráticas. ( sim como pais democrático ainda somos crianças) que jamais conseguirão evoluir do estado desse sedentarismo mental/político.
2) O desinteresse dos pais em gastar o mínimo tempo com seu filhos estimulando a criatividade, o senso crítico, impondo limites em alguns casos, e rompendo com todos os limites em outros. Emfim educando..
3) O próprio resultado bizzaro dessa equação politico/socio/econômica que levou a humanidade, que um dia nos deu Michelangelo , Bach e Einstein, a ouvir Restart, gastar suas horas encurvado no computador,diante das redes sociais.
Por um lado, sociólogos , antropólogos , filósofos e tantos outros acadêmicos até discutem isso quando não estão massageando um os egos dos outros por serem a elite intelectual do país, enquanto a sociedade que já reconhece a obesidade física como causa de varias doenças do corpo, ainda não se deu conta de que nossas doenças sócias podem estar associadas a uma obesidade intelectual. Acumulamos toneladas de informação sem contudo processa-las de verdade. Somos escravos “tecnólatras” do oráculo do mundo pós moderno o “Google”. Poderíamos nos questionar sobre várias outras equações sociais que explicassem esse resultado insano que é nosso atual momento. Mas como podemos ficar surpresos e indignados diante dos “rebolations”, ou dos “restarts”,quando nossa obesidade mental , nosso buraco criativo é quem dá espaço esse tipo de bizarrice.? É nossa mesma, a culpa. Em qualquer desses cenários algo só começaria a acontecer se o individuo resolver que pode mudar. Basta cada um parar de olhar o tempo como um adversário contra o qual todos perdem o jogo eventualmente, vale lembrar). Deixemos essa tecnolatria de lado, dando espaço à criatividade, ao convívio (convívio mesmo. Algo além de ficarmos comendo uns aos outros nas baladas) e a imaginação. Crie algo. Saia da estagnação. Em vez de mandar um torpedo, vá a te lá. Um dia em vezde mandar um e-mail escreva uma carta. Você se surpeenderá de como aind apode escrever algo no papel, como faziam os homens das cavernas. Você pode se surpreender. Começe e termine algo. Leia um texto até o final. Vá ate a décima pagina do Google quando fizer sua busca. Verifique as fontes do que foi dito. Questione. Pergunte. “por que”, “ quando”, “onde” pode ser a chave para um novo mundo. Troque um (pelo menos um) filme por um livro. Se deixe imaginar algo pelo menos uma vez. (por uma vez troque Fifa soccer 2010, por rum jogo de botão) Família , joguem banco imobliário, War.( versão de tabuleiro , por favor). Joguem “stop” ( “adedonha” em alguns lugares do país). Cantem junto ( pode ainda não ser tarde demais pra encontrar algo que todos de uma mesma casa consigam cantar e gostar, juntos) Amem-se, odeiem-se . Mas convivam de verdade. Na REAL LIFE. Pode não mudar o planeta mas com certeza mudará as vidas de vocês.
Ou não. Isso tudo é apenas delírio, fruto da ansiedade pré-operatória.

Fui comer algo.

Passamani

sábado, 7 de agosto de 2010

CARTA à ANAC E AO MINISTERIO PÚBLICO


encorajo os amigo as fazer como fia. enviei uma carta À ANAC, com copias so MInisterio Publico e principais jornais do país:

Bom minha reclamação é em defesa de uma Classe como a minha, a muito desfavorecida pelas companhias aéreas. O MUSICO. Trabalhamos de uma cidade pra , outra de uns pais pro outro para defender nosso ganha-pão. Não desmerecendo nenhum turista.. Mas nossas bagagens são nossa FERRAMENTA DE TRABALHO. Sendo assim gostaria que a ANAC tomasse alguma providencia no sentido de defender os interesses de nossa classe. O que acontece hoje, é que somos OBRIGADOS a assinar um termo onde declaramos que nossos instrumentos musicais estão sendo transportados em embalagens inapropriadas, os que nem sempre é verdade. Isso da margem À empresa a tratar nossas ferramentas de trabalho como querem como aconteceu no trecho GRU-VIX do vôo supracitado. Uma embalagem especifica para transporte aero (um case no caso) veio completamente destruído. Os equipamentos transportados sofreram escoriações o que deteriora seu valor de mercado e correm o risco de nesses choques pararem de funcionar. E o prejuízo? Com quem fica? Com a companhia? Não por que nos fizeram assinar um tempo de responsabilidade sobre algo que esta sobre a responsabilidade DELAS, durante o vôo, que são nossos instrumentos. Gostaria que o mesmo tratamento eficiente fosse dado quando é o caso de se cobrarem excesso de bagagem (outro aspecto em que nos profissionais da música, saímos prejudicados) Se preciso for tenho um laudo do fabricante em relação à qualidade da proteção oferecida em transportes aéreos (mas não laudos contra arremessos.. como parece ter sido o caso).
Não busco aqui nenhum tipo de ressarcimento pessoal , (ainda que fosse esse o caso pois fui prejudicado) mas busco aqui um pedido para que a ANAC tome algum tipo de providência sobre esse assunto. No afã de combater o Terrorismo mundial varias medidas foram tomadas "para nossa segurança" enquanto o terrorismo das empresas contra nossos instrumentos e bagagens corre solto, junto com a extorsão do excesso de bagagem.
Outro assunto a se tratar é política de ressarcimento em caso de extravio.
O musico sai de Vila Velha pra tocar em SP por exemplo. Tudo marcado. Imprensa notificada, ingressos vendidos, público ansioso, mobilizam-se bombeiros, policia, enfim um mundo em torno de um evento. Ai tudo é frustrado porque extraviaram uma guitarra e um amplificador!!!(cujos valores absolutos por si só já são exorbitantes). Não obstante o prejuízo de perder um negócio. (sim o que parece diversão para algumas cias aeras é trabalhos para outros profissionais) o ressarcimento é baseado no num percentual do "Peso bruto" do equipamento. O que é isso? Somos algum tipo de palhaço num circo bizarro, chefiado por uma política de desrespeito ao artista? Temos que conseguir nosso ressarcimento em processos eternos na justiça? Isso precisa mudar!!!

Espero que como eu outros músicos o façam, e que como eu , alem de escrever a vocês,encaminhem uma copia dessa carta ao ministério público e as Cias Aéreas bem como a Imprensa, no afã de ver alguma coisa mudar.

Termino aqui esse indignado mas ainda com um fio (fino, mas um fio) de esperança de ver algo mudado.

Claudio Passamani, musico, artista, indignado pela retribuição À "fidelidade" dada pelas cias aéreas brasileiras....


sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Babel Espiritual

Estamos nós La na nossa denominação “Igreja do Jesus do Amanhecer Dourado”. Tudo feliz , tranqüilo, como se diz em bom evangeliquês, “uma benção”. Até que você resolve fazer um culto rock dos jovens. Ai eu me revolto. Acho isso inaceitável!!! Onde já se viu? Rock na igeja? Depois de horas de fofocas , discussões e reuniões inúteis fica decidido. Você vai romper ( e vai levar metade com você claro).
Ai você chega no Paraíso. “A Igreja do Jesus do Amanhecer dourado renovada do rock”. La o rock come solto desde que seja rock roll tradicional. Ate que seu fiel presbítero se revolta e quer fazer um culto para jovens mais radicais e tasca um Death Metal Allá sepultura. Depois de horas de fofocas , discussões e reuniões inúteis fica decidido. Ele vai romper ( e vai levar metade com ele claro). Esta formada a “Igreja do Jesus do Amanhecer dourado renovada do rock extremo”.
Tudo lindo até que rola um escândalo. O pastor da “Igreja do Jesus do Amanhecer dourado renovada do rock extremo” é pego surfando. Isso nçao é coisa de quem ouve death metal!!! HEREGE!!!!! Depois de horas de fofocas , discussões e reuniões inúteis fica decidido. Ele vai romper de novo ( e vai levar metade com ele denovo). Eis que surge a “Igreja do Jesus do Amanhecer dourado renovada do rock extremo para surfistas”.

E assim vai.. Isso quando a progressão não é geométrica em vez de aritmética. O que alguns chamam de” crescimento” ( geralmente disfarçado sob o manto sagrado do “saiu sob minha bênção) na verdade é um inchaço, uma sudbivisão em um nivel “viral” onde as “células” ficam migrando de La pra cá e de cá pra lá, de acordo com sua situaçõ emocional, econômica ou social.
Essa maldição hereditária ( opa posso pagar royalties por isso) de um divisão da divisão da divisão.. só pode ser fruto de um conceito já natimorto. Jesus Cristo Nunca “fundou um a igreja” muito menos “inaugurou o cristianismo”. Pelo contrário veio desnudar as hipocrisias legais judaicas sob as quais se praticava todo tipo de injustiça pecado e imundície. Veio mostrar que o que tinha de legal era para própria proteção do povo e que tudo isso foi pregado na Cruz.
O resultado de toda essa “mitose e meiose” eclesiástica é que aos poucos desviamo-nos totalmente da verdade.
*Já dizem que Deu pai é um homem igual s ó que mais evoluído ( MOrmons)
*Já dizem que seu pecado vai ferrar com a vida espiritual dos seus filhos ( iiih a lista é grande)
*Já dizem que Jesus andou num filhote de burro em Jerusalém por que gostava de veículos novos ( essa eu ouvi da "Sonia docinho dólar na bíblia Hernandes") .
Um dia alguém vai entrar numa igreja querendo conhecer Jesus. Daí alguém dessa igreja vai dizer: “huuuuummm. Deixa ver.. cabeludo, barbudo... deve ser do louvor. Pastooor!! Tem algum Jesus no louvor?”
Diante disso reuni um apequena amostra dessa meiose . os nomes a seguir foram tirados todos da web e porvavelmente na Wikipédia tem links para todas as denominações. Se você conhece alguma outra bizarra, post aqui para enriquecer a data base:




• Fluir do Noivo ( para surfistas que estão pra se casar)
• Diante do trono ( desde que seja com bom ar ou gleid)
• Ministerio Nascidos ( ainda bem né..)
• Sexy Church ( sempre mais ousada que a playboy church)
• Bola de neve ( para endividados no cartão de crédito)
• Igreja Celular Internacional ( poderia ser Sony-Erickison Nokia ou qualquer outra)
• Igreja Remanescente Dualista dos Primogênitos ( ou não... segundo Gilberto Gil...)
• Igreja Unida ( da desunida é que eu não queria ser )
• Evangelho Pleno ( melhor do que a do Evangelho parcial)
• Reavivamento da Rua Azusa ( essa parece point de samba da Lapa)
• Catedral do Poder ( A igreja dos Zords)
• Quadrangular (com jogo de ida e volta? Ou mata mata?)
• Igreja de Deus ( ainda bem...)
• Igreja Evangélica Holiness do Brasil ( hehehe que paradoxo. Parece “amway do Brasil”)
• Igreja Batista Regular ( sem comentários)
• Missão Socorrista Evangélica ( para emergências espirituais)
• G12 ( quantos rebaixam e quantos sobem no fim do campeonato?)

quarta-feira, 24 de março de 2010

SOBRE A FALÊNCIA DO CRISTIANISMO E DAS DOUTRINAS..

QUANDO UMA COISA È MUITO BOA. AGENTE TRANSCREVE SEM MEXER COMO O TEXTO À SEGUIR:

SOBRE A FALÊNCIA DO CRISTIANISMO E DAS DOUTRINAS..

Assim como a vida é mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes, do mesmo modo o Evangelho é mais do que Doutrinas e o Corpo de Cristo é mais do que qualquer Vestimenta Institucional que o pretenda vestir ou até mesmo agasalhar!

As Doutrinas são reflexos de um tempo e de uma geração. Por isto, em Jesus, nos Evangelhos, “doutrina” não significa o que o termo significa para nós. Para Jesus, nos evangelhos, doutrina era a pratica simples dos ensinos Dele; conforme se vê em João 7:14-17.

No mais se fala de doutrina nos evangelhos como um termo que procedeu da boca do povo, impressionado com os feitos de Jesus, acompanhado das palavras simples que Ele dizia.

Em Paulo doutrina é sinônimo de ensino do Evangelho conforme os Apóstolos.

Sim! Do jeito que está no Novo Testamento. Portanto, bem antes da Confraria de Nicéia se reunir sob a unção de Constantino.

Também em Paulo “outra doutrina” equivale a “outro evangelho”.

Portanto, “doutrina” não era um pedaço sistematizado da verdade de Deus, mas a própria e integral revelação, conforme Jesus, simplesmente como Evangelho.

Sim, e o que passar disto já é “outra coisa”.

Já o Corpo de Cristo é um Ente indefinível, não tendo no ajuntamento dos discípulos sua fronteira ou lugar de afirmação de quem seja quem.

Só Jesus conhece Seu próprio Corpo!

Nem os anjos...

Nem o diabo...

O dia da separação do joio do trigo será surpresa para o diabo também!...
E mais: os anjos farão a separação entre joio e trigo sob supervisão de Quem sabe; pois anjo algum jamais conheceu os mistérios que envolvem a relação de Deus com a criatura humana.

Dizendo isto afirmo que não estou nem um pouco preocupado com a falência global do Cristianismo, que, para mim, nunca foi alimento, tendo sido no máximo uma vestimenta histórica.

Ora, se o Cristianismo jamais me foi Alimento, Vida então é que nunca foi!...

Não foi Alimento, tanto quanto jamais me definiu Limites para o Corpo de Cristo.

Sim, desde a minha infância na fé, quando já cria que os de Cristo — todos eles, os que sabem de Jesus e os que são de Cristo sem nunca terem ouvido falar o nome Dele — são parte do Corpo de Cristo.

Por isto também jamais vi o Cristianismo como o lugar exclusivo dos de Deus. Sim, em tempo algum de minha caminhada nesses quase quarenta anos pregando a Palavra eu cri de outro modo.

Por isto, para mim, a falência do Cristianismo é falência de algo falível e feito para acabar mesmo; sendo que minha admiração é que tenha durado tanto tempo...

Amo o Cristianismo tanto quanto amaria mais o saleiro do que o sal se estivesse numa ilha deserta. Só brincando!...

Minha vida é mais do que o que eu como. Portanto, meu ser é mais do que o alimento da cultura cristã na qual nasci, mas que não é a Vida, sendo apenas o alimento cultural...

Além disso, meu corpo é mais do que a vestimenta cristã que o tem vestido pela circunstancialidade de eu viver no Acido-ente Ocidente da Terra.

Eu poderia perfeitamente andar se saião sem crise alguma, com um belo turbante na cabeça. Sim, meu corpo trocaria os jeans pelo saião sem queixa contra a Vida.

O meu corpo existe no ambiente natural apenas quando anda nu; pois foi assim que eu nasci.

Ora, quando o Corpo perde a Veste que antes supunha cobrir-lhe [...], nada de mais acontece; pois, afinal, o Corpo nasceu nu na fé simples na Ressurreição; as vestes de “doutrinas humanas” já foram as folhas de Figueira oferecidas pelo Imperador Constantino.

Assim, quanto menos saleiro e mais sal na Terra, quanto menos vestes e mais Corpo, quanto menos receitas de alimentos e mais Vida simples, mais poder haverá no cumprimento da missão dos discípulos conscientes de seu lugar/missional e existencial neste mundo.

Para que isto aconteça de modo revolucionário, todavia, não precisamos de nada além do Tudo/Nada do Evangelho: uma Cruz vazia, uma Tumba Oca, e o Trono Cheio de Glória no qual Jesus está.

O que passar disso é necrofilia fetichista; e surtada particularmente na idéia de uma relação eternamente conjugal com um defunto chamado Constantino.

Vivam os tempos de sal sem saleiro!

Vivam os tempos do Corpo sem vestes!

Vivam os tempos do Pão sem receitas!

Bem-aventurado seja aquele que entender!



Sei que é Nele que digo o que digo,



Caio

30 de dezembro de 2009

Lago Norte

Brasília

DF

terça-feira, 16 de março de 2010

Experiencia Sui Generis e a salvação do Rock - Uma luz ano fim do túnel


Fui convidado para fazer uma apresentação numa escola publica por conta do aniversário da mesma. intenção era mostrar o som da guitarra pros alunos . a diretora me pediu pra tocar o que eu quisesse, inclusive coisas do meu proprio trabalho musical.
la fui eu, guitarra - ampli - e notebook pras BTs no bom e velho estilo "estande da snake"

chegando la liguei o note no sistema de som da quadra ( regular. não era ruim mas longe de ser bom) e mandei o som da guita direto do ampli. Quando as crianças chegaram ( faxa etaria de 6 a 14 anos) eu fiquei realmente preocupado. Pensei: to lascado. Eles vão pedir rebolation e eu vou ficar com cara de pastel. Pois bem, quando aprofessora pediu para ouvirmos a execução do hino nacional brasileiro eu toquei junto com o Playback orquestral original do hino. As crianças ficara malucas. Gostaram muito . Quando eu toquei um Satriani a galera curtiu mas ficou mas fria. Aí eu me lembrei de uma experiência semelhante que o Paul Gilbert passou e fiz o mesmo que ele. mandei um classicão. highway to hell. a molecada ficou doida. bateram cabeça vieram la na frente ajoelharam fazendo air guitar!!!! sim!!! crianças de 6 ,7 ,8 anos. Ao terminar a musica a galera toda aplaudindo dos "kids" aos "pré-teens". As unicas caras de desaprovação eram de duas prof "gospel" emburradas no canto da quadra.
Aproximou-se um menino de uns 7 anos, negro, goridnho que me deu uma lição de moral. ( eu "do alto de minha guitarra" pensei que o guri ia me pedir pra tocar um pagode). o moleque vira-s epr amim e diz: "tio, toca rocknroll all night".
Meu olho se encheu de lagrimas, dudes. e eu toquei rocknroll all night inteira pra aquele garoto. E vi que do lado dele tinha uma turminha de uns 4,5 pirando por que eu atendi o pedido.
Cheguei a conclusão que esse quadro que pintamos da sociedade , realmente não é bonito , mas esta longe de ser feio como pintamos.
Ninguem me pediu pra tocar rebolation ou "como zaqueu" ou vitor e léo ou calipso. pareciam de alguma forma saber do que se tratava e curtiram a experiencia tal como era. mesmo aqueles que nçao faziam ideia do que era aquilo,. todas as criancinhas curtindo sweet child o mine. respeitando a musica. e eu em lagrimas tentando acertar o solo do slash.
Trata-se uma escola publica municipal anexa a universidade onde estudo, e o sistema de vagas é por sorteio da ciade inteira. logo tem crianças ali de areas nobres da cidade e crianças de areas de risco, e de periferia. totalmente heterogeneo, o que na minha opinião validou ainda mais minha experiencia. Claro, teve gente me pedindo pr atocar cold play, red hot cilli peppers, radiohead, o que é perfeitamente aceitavel do ponto de vista cronologico ja que eu era "o velho ali" e não "eles que eram os novos"...
No final um menino pediu pr atoca rna guitarra . eu deixei. ele começou a esboçar um riff the "one" do mettalica. eu virei pra diretora e disse. enquanto houver um guri tentando tirar um mettalica, o rock esta salvo!!!!.. e meu emprego tb hehehehe!!!

frases engraçadas tiradas do evento
(de autoria das crianças claro):

"Tio, você saiu do playstation?"

"Tio você é um Deus do rock?" ( essa eu respondi. nçao.. sou apenas um hu,ld servo dos deuses de metal, assim como vc heheheh) e cumprimentei ele "batendo na mão".

"nossa foi o mais perto que eu cheguei da guitarra na minha vida"

"Tio vc so toca no expert né?" outra de game...

"tiozinho, vbc deve ter os mesmos discos que meu pai. so tocou musica deles"

essa me surpreendeu: Tiozinho, toca "cliffs of dover" do eric johnson. resposta: quem dera!!!

E muitas outras... foi uma overdose de carinho que veio em boa hora para esse velho guitarrista cansado de criticas de internet, muitas vezes vindas de gente amargurada e frustrada por não realizar nem esse "quase nada" que realizei nos 20 anos de caareia ate agora. e de mafias revisteiras que elegem uns aos outros como a "próxima cereja do bolo".

Outra conclusão. em vez de ficarmos arrancando "çangui" uns dos outros online. ha muita coisa que pode ser feita por guitarristas no âmbito social. EU por exemplo ja ocmbinei com a diretora pra transformar as visitas em periódicas e voluntárias. E quem sabe montar uma espécie de "school of rock" la na escola. para alunos mais interessados.
desejo que todos aqui possam passar pela gratificante experiencia que passei.

domingo, 7 de março de 2010

A TRILHA SONORA DO ENGANO

Aqui Vai um "textículo" que rabisquei em 2006. mais elocubrações sobre essa esquizofrenia "cristã gospel" que assola o planeta
Ao analisarmos o sistema religioso hipócrita da “dita” igreja cristã de hoje, vemos claramente que, por detrás de toda essa casca esconde-se um profundo amor pelo dinheiro que leva essa liderança ambiciosa a montar um esquema, uma máquina precisa com o simples intuito de explorar a fé alheia. E para isso usam das mais vis manobras como a coação das ovelhas através de versículos bíblicos distorcidos ,inventar nomes de demônios baseados nas mitologias das culturas pagãs para assustar os cristãos, criar uma falsa expectativa apocalíptica sobre a volta de Cristo usando notícias de jornal (Jesus já previu esse tipo de lobo em Mat. cap. 24). E a Música não poderia ficar de fora. Desde sua criação nos períodos mais longínquos da humanidade, a música sempre exerceu uma influencia forte na cultura humana e até mesmo em seus sentimentos, e é aí que aqueles interessados em propagar suas heresias em nome de suas ganâncias a usam com propriedade. Vejamos o exemplo narrado a seguir:

Você acaba de entrar. Paredes azuis de um tom calmante desembocam num teto pintado com um azul cesletial mesclado com nuvens pintadas aleatoriamente por todo o lugar, com uma gigantesca pomba branca esculpida em relevo no centro do imenso salão. Tudo com luz indireta pra deixar o ambiente ainda mais relaxante. Como você chegou em cima da hora, as 5000 cadeiras já estão quase lotadas, mas você é recebido por um elegante rapaz com belo terno que te conduz até um assento confortavelmente acolchoado. Só então você se dá conta da maravilhosa melodia que te invade os ouvidos. Um suave saxofone soprano dedilha doces notas musicais acompanhado por um teclado gerando sons maravilhosos de piano e orquestra simultaneamente enquanto o resto da banda vai entrando gradativamente e sem que você perceba seu pé já esta batendo no ritmo de uma gostosa balada soul (ao estilo Sade Adu, por exemplo). È quando entra o orador com voz suave prometendo fazer maravilhas em nome de Deus. Pode parecer meio artificial dessa forma, mas para alguém cuja vida está destroçada pela falta de Deus, é fácil ficar envolvido. Aí já é tarde. Antes do final da sessão de belas músicas nosso ouvinte já está disposto a doar até as calças para o orador experiente.

Mas isso não é privilégio de hoje em dia não. Se olharmos os registros dos hinários das denominações chamadas históricas (Batistas, Presbiterianos e Metodistas), é muito comum encontrarmos melodias “seculares” (de melodias de Mozart, declaradamente boêmio, até danças de saloons americanos do velho oeste, passando por cantigas de roda alemãs) com letras alteradas para um cunho “cristão”. Tudo com a intenção de atrair os “ímpios” para um “novo mundo”, uma “nova vida”, “com Cristo”. E o mais irônico e que as mesmas denominações combatem claramente os cristãos que ouvem a música chamada “do mundo”.

Já os pentecostais usam a música plagiando os ritmos mais comuns nas camadas sociais onde seus templos se encontram, e até mesmo pontos de macumba minimalistas são copiados, uma vez que, muitos desses fiéis são oriundos de uma fé espírita, e que esse minimalismo facilmente leva as pessoas à um estado alterado, uma espécie de semi-hipnose onde o fiel fica totalmente a mercê do “Pastor”, que não pensa duas vezes em colocar na cabeça do mesmo suas idéias distorcidas bem como extrair até o último centavo da vítima.

Com o passar dos anos o sistema foi se organizando e hoje temos um cenário “business cristão” que em vez de se diferenciar de outros cenários musicais, tem a mesma podridão deles. Apadrinhamento, “jabá” nas rádios, e oportunidades baseadas nas previsões comerciais do artista e não em seu valor verdadeiro. Tudo isso colabora pra uma falta de espiritualidade enorme, que junta com a falta de profissionalismo do músico cristão, torna a situação insustentável. De um lado empresários inescrupulosos que só pensam no dinheiro e patrocinam uma subcultura musical de qualidade questionável e vazia de conteúdo cristão autêntico. De Outro o “músico” que foi criado para acreditar que é o melhor do mundo quando não é. Não tem qualidade para disputar no mercado secular então finca suas esperanças nesse sub mercado, se contentando em ser “o melhor baterista da sua denominação”. Criam-se bandas de rock para “evangelizar” os que ouvem rock, mas o que acontece não é bem isso.

Trata-se de um som sem identidade cultural, um mistura totalmente heterogênea, sem uma cara definida e carregada de “evangeliquês” e que vai mais confundir aquele que não conhece a verdade do que qualquer outra coisa. Veja o trecho dessa canção:

Vá num show de rock "gospel" e verá que só tem os “crentes” lá, usando as roupas que são proibidas de usar em seus templos, dançando as danças que são proibidas nas “igrejas”, se comportando como jovens comuns, porém totalmente massacrados por seu sistema religioso hipócrita.

Essa mesma “mídia cristã” também segue tendências sem julga-las se são malignas ou não, simplesmente absorvendo tudo como uma esponja cultural, tudo para atingir seus objetivos escusos. “dá uma abaixadinha pra Jesus”, “Jesus é gostoso”, e outras pérolas são muito comuns nas reuniões da igreja Renascer em cristo, por exemplo. (cabe dizer que é importante que se analisem e aproveite o que é justo, bom e agradável a Deus, nas novas tendências culturais).

Todos sabemos que a mídia de hoje direciona a arte e a cultura para um “emburrecimento” da população. As músicas são criadas para as nádegas dos ouvintes e não para suas mentes. Teatro, Cinema, Museus e boa música, são um privilégio de poucos, e o acesso das camadas inferiores da sociedade é dificultado ao extremo. Que tudo isso é sujo, maligno e repugnante, todos nós sabemos. Mas o que é pior, é que existem pessoas fazendo tais praticas em nome de Jesus. “DEUS FOI, É, E SEMPRE SERÁ SINÔNIMO DE QUALIDADE. E nós como embaixadores de Cristo, não podemos ser diferentes. Temos que primar pela qualidade, seja ela na cultura (música, dança, pintura, escultura, etc.) como em toda nossa vida. E como artistas cristãos, em vez de nos recolhermos aos guetos religiosos hipócritas, aos templos, vamos nos expor, misturar-se como sal no alimento e deixar que nossas vidas falem mais do que as capas dos discos ou camisetas. É claro que se somos cristãos verdadeiros, isso vai se refletir de alguma forma em nossa música, pois a musica é a arte de expressar sentimentos através dos sons, mas que não seja uma bandeira ( GOSPEL, WHITEME|TAL, MUSICA CRISTÃ) que nos faça alcançar a graça de Deus mas, nossas atitudes. NÃO EXISTE MÚSICA CRISTÃ...., ARTE CRISTÃ...., PESSOAS SÃO CRISTÃS...... OU NÃO.... com a palavra a consciência de cada um. Ou o Espírito de Deus para aqueles que realmente se encontraram com Cristo e o seguiram, em vez de chafurdar na lama religiosa em que a “Igreja cristã” esta atolada hoje.