terça-feira, 22 de outubro de 2013

                                    OS SANTOS DA MEDIOCRIDADE MODERNA


     Sabe por que alguns músicos virtuais do "seu tubo" fazem sucesso?
     Eu já meditei no topo da montanha, procurei os Lamas, cai de cara nas lamas dos fóruns mais toscos de guitarra do país. Terras virtuais onde lendas como   Malmsteen não tem Feeling, Hendrix não tem técnica,  tocar rápido é tosco , tocar lento é maturidade musical, Axe Fx não presta entre outras "perolas", sim la mesmo onde as pessoas acham que Steve vai fez um pacto com o diabo....
Depois de ler muito lixo e vomitar mentalmente varias vezes eu cheguei a um veredito pessoal e intransferivel. meu voto nessa classe tão infame que o Youtube deu cria... o BGP.
     Mas antes me permitam defender o trabalho de alguns músicos realmente Excepcionais que usam a ferramenta e fazem dela um trampolim para suas carreiras musicais fora da matrix, a esse meu profundo respeito como colega de profissão.
     Mas eu estou falando de músicos completamente sem noção. ali não há timbre, não há musicalidade , não há conhecimento qualquer de causa. seja de equipamento , seja da historia do instrumento e da tecnologia que o cerca. por que esses caras encontram um gueto gigante nas redes sociais  que eu "invejo" tanto ( # so que não) que fico metendo o pau no meu blog?
      Eis a minha resposta. Eles são o anestésico da mediocridade alheia. calma eu explico. É assim. o cara compra uma guitarra sabendo que é ruim , porque pagou uma merreca por ela. dinheiro de pinga. ( so que no brasil ate pinga é caro, alias, ganhamos pouco e somos taxados absurdamente). Ele sabe que é ruim.. da pra ver a diferença. mas a falta de humildade do ser humano o impede de admitir isso ai ele  precisa de alguem dizendo que ela é boa pra se sentir melhor. alguem que o convença que ele fez a escolha certa ( como se fosse um escolha as vezes e não uma condição)
     Aí entram em cena nossos "Pseudo heróis. O "Gênio", pega todas essas porqueiras e faz review delas no canal dele como se fossem O State of the art das cordas, fazendo empresas como a Fender , Gibson, Ibanez Shur e tantas outras se sentirem ate mal de cobrar caro por seus instrumentos. ISSO Quando o gênio não f zum review de um produto pirata dizendo, pra que pagar caro.. essa "Ibanez" aqui é igualzinha e por um terço do preço.. sei... E claro, tudo isso ajuda a diminuir a sensação de "minha guitarra  (e as vezes eu ) é uma bosta" que fica na cabeça da galera.
    Não. Não estou fazendo nazismo guitarristico, Eu já tive guitarras beém ruins.. Bem pior que as porqueiras defendidas pelos gênios.. quem já tocou de  Tonante, Jennifer, Celio,  e eu já botei as mãozinhas passamanicas em todas.. sabe do que eu to falando. mas uma coisa eu tinha, e hoje sei que era mais caro que a mais cara das edições limitadas da PRS. Era a plena na consciência  de que meu instrumento era ruim, contudo dentro da minha realidade musical e que me atendeu por um tempo, e quando a hora chegou eu senti que era o momento de trocar. ou ate que pudesse comprar uma melhor. sem crise. sem anestésico. e isso me fez um musico melhor, uma pessoa melhor.
    Mas como na internet de hoje,  os "Maomés da mediocirdade" não vão mais a montanha, mas elegem um" santo " que traz a montanha até o gueto. haja spam e vamos dar um like ai no incrível video de Waldisnilson Carlos e suas chireplicas originais".

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ESCOLHENDO A SUA GUITARRA


Bom, chegou a hora. Primeiro vc começou a escutar os discos do seu irmão mais velho ou do seu pai, ou de amigos da escola. Isso virou sua cabeça, mudou seu corte de cabelo, suas roupas e camisetas.. vc protelou , enrolou, mas chegou a hora. Voce vai comprar a sua primeira guitarra.
                AI você abre sites e forums e percebe que acabou de cair num mundo gigante e  sem nenhum mapap ou bussola. Qual guitarra? Que modelo? Quanto gastar? Emfim esse texto tem a intenção de ajuda-lo, guia-lo nesse novo mundo. Não pretendo ditar nenhuma verdade absoluta como se faz na internet costumazmente. Tenho meus gostos e preferências mais pretendo deixa-los de lado e apontar direções e levantar questões que podem ser importantes nesse momento inicial de sua jornada como instrumentista.

Fazendo as perguntas certas


Responder às questões a seguir podem  te direcionar e filtrar sua intenção num mundo de verdades absolutas diversas.
1    1)      Quanto vc tem pra gastar?
     È o primeiro filtro. Seu orçamento vai definir basicamente a qualidade do instrumento. Não da pra comprar um Mustang se sua grana so da pra um Celtinha. Duvide de ofertas de “Mustangs” com preço de celta , na internet sobretudo. Ou são falsificações ou pior, golpes financeiros. Seja condizente com seu orçamento e procure instrumentos nessa faixa de preço.  Mas se vc não tem restrições financeiras, va fundo no seu desejo. Compre a guitarra que sonhou e desejou , e não ligue pros invejosos. Uma guitarra é uma guitarra esse vc pode aprender num instrumento top de linha , não nada de errado nisso. Considere contudo que um instrumento bom é caro , e que essa sua relação com a musica não pretende ser profissional, vc esta empatando uma boa grana num hobbie. Dito isso seja feliz.
2     2)      Qual a sua expectativa com o aprendizado musical?
Que tipo de musica pretende começar a estudar? Vc tem um foco definido? Vai tocar death metal? Ou vai tocar na igreja.. isso pode direciona-lo tb.. alguns instrumentos tem sonoridade e característica muito mais definidos e particulares do que outros.  Uma Stratocaster vai se sair melhor em alguns requisistos e uma tipo Lespaul em outros requisitos.. contudo se vc pretende tocar vários estilos de musica, pode optar por modelos mais versáteis  e modernos que oferecam mais recursos e flexibilidade como as Superstrats ( Ibanez, Jackson, ESP e afins) Outra fonte preciosa de informação são os seus “ídolos”. Procure modelos similares em configuração de captadores ( Single ou Humbuckers) numero de trastes , numero de cordas ( JÁ existem guitarras de 7 e 8 cordas e até 9.. sabia?) Alguns modelos signature possuem versões econômicas para o fã. Essas informações estão la. Nos clipes do seu ídolo, nos discos e ate no site dele.
Guitarras com single coil tendem a soar melhor nos sons clean., mas costumam ser ruidosas nos drives. Humbuckers são silenciosos e respondem melhor nas distorções mas não tem aquele clean  característico. Quem tem intenções de tocar em baile ou na igreja, pode precisar de modelos mais versáteis que soem bem nos sons clean e tb nos sons com Overdrive ( do mais leve ao mais pesado) guitarras com a configuraçõ  HSH ( umbucker single humbucker ) podem ajudar.

     Ainda nesse quseisto destaco que instrumentos  com alavanca do tipo Floyd rose ( a popular “microafinação”) são mais dificieis de regular e de afinar., demandando um pouco de experiência na manutenção. Nada que vc não resolva lendo e quebrando a cabeça um pouco.. mas é importante entrar nela já sabendo disso.

3        3)      Vc gosta dessa guita?
Uma pergunta pertinente. Vc vai passar um bom tempo com essa guitarra. Provavelmente vai toca-la todo dia. Então é legal que vc CURTA essa guita. Que goste da cor, da forma, do braço. Hj tem modelos de todos os preços e formas. Se divirta. De um grande “dane-se” pro mimimi virtual que diz que marca x ou y é ruim e que z ou w são boas. Vc ta gostando da guita? Isso é o que importa. A MELHOR GUITARRA DO MUNDO È A SUA GUITARRA. Não compre guitarra pros outros. Compre pra você. Quem vai tocar é você.

4)A guita fala sozinha?
Não. Um som de guitarra é definido pela junção guitarra , amplificador e eventualmente efeitos. Então pense nisso na hora de investir sua grana.. 5 mil numa guita pode ser muito. Talvez uma guitarra de 2000  um ampli de 1500 e 1500 em efeitos seja melhor. Vale aqui todos os critérios de escolha dos items 2 e 3

QUAL A HORA DE TROCAR DE GUITA?
A melhor hora de passar pro seu segundo instrumento é quando vc sente que chegou a hora. Um dos indícios fortes é o fato de vc já nção estar conseguindo tirar o som que vc quer ( seja o cover do seu artista, seja a sua própria musica). Vc sente que sua técnica já não evolui tanto e SABE que não é por falta de estudo e PERCEBE que é uma limitação do instturmento. Ai é hora de aposentar sua primeira filha e partir pra nova.
Por fim , não tenhamedo de mudar. Se sua primeira guitarra foi uma FLying V com captadores ativos e 7 cordas por que inicialmente vc ia ser um Deus do metal, mas vc descobriu os prazeres do Jazz e da Bossa nova, ouse. Compre uma semi acústica. O inverso tb vale. Vc começou a tocar jazz e bossa pq seu professor falou que é legal e pq no brasil isso é sinal de “maturidade” ai vc comprou aquela guitarra coxinha com cor de móvel antigo.. enquanto seu  sonho reprimido de ter uma guitarra amarelo flourescente esta ali incubado. Saia do armário!! Compre a guita certa e seja Feliz. Em todos os casos estude MUITO e SEMPRE. Faça um pacto , não como  capeta, mas com a disciplina e os resultados virão.
Saudações PAssamanicas. Que a força esteja com vcs.

Claudio Passamani é Musico, professor e guitarrista das bandas OPUS V e FIRE, além de sua carreira solo)
usa guitarras IBANEZ, Amplificadores LANEY, Pedais T-miranda, Cases da GAS CASE, bags da Mrocha Personal Bags e Cordas SOLEZ.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

QUANDO DIVIDIR NÃO É CONQUISTAR


Temos sido cada vez mais vítimas do que chamamos de segmentação do conhecimento. No surgimento de Descartes, aprendemos a dissecar de tudo. Aprendemos as partes os componentes, nos especializamos. Médicos, Músicos, Arquitetos, Inventores, Engenheiros, cada qual senhor se seu "território". e assim como existem fronteiras geográficas e todo o fardo negativo que elas trazem, aprendemos a por fronteiras no conhecimento, a formata-lo e embala-lo segundo varias necessidades, sejam mercadológicas, sejam apenas manifestações de nossa própria mediocridade. Nos embebedamos no engodo de que pra fazer bem uma coisa, precisamos ser especialistas, e negar o todo, nos concentrando em apenas na parte. 
     Mas nos sempre fomos assim? quando deixamos de amar o conhecimento pra adorar a especifidade nos templos da Techné? A resposta pra alívio meu e de muitos é não. um dia já fomos humanos completos, perseguidores da ciência como um todo. Ja pensávamos que Música, Matemática e Filosofia tinham igual importância e qualquer um que quisesse enveredar pela área do conhecimento deveria dominar ( sim, dominar) as três áreas... depois  fomos nos esquecendo disso.. o mundo foi "mudando" relações comerciais ficando mais "importantes", relações de dominação como a religião e a nobreza, se consolidando e ..se especializando.. ate que alguns resolveram que era hora de renascer. E aqui não estamos falando da empresa de despacho religioso do Estevan Hernandez e esposa.. Estamos falando do Renascimento. Homens dispostos a se apaixonar pelo TODO da ciência, Músicos, Matemáticos, Arquitetos, Pintores.. verdadeiros aficionados pela capacidade humana. E isso até hoje me espanta, quando sei que o Melhor atlas de anatomia ainda usado em universidades de medicina é de um Pintor, que morbidamente roubava cadáveres do cemitério para pintar suas obras da dissecação. o Mesmo homem que projetou  o que seculos depois seria um helicoptero. o mesmo que pintou a capela Cistina, a Monalisa., que ja esboçou o uso da energia solar, a invenção da calculadora muito antes de Benjamin Franklin sequer ser uma célula que viria a sonhar com a eletricidade.
     Mas onde eu quero chegar? posso hoje eu aspirar tal grandiosidade sem ser queimado na fogueira comercial da mediocridade especializada? difícil. posto que dentro da especialização a mediocridade se especializou ainda mais. e dentro de cada esfera da ciências existem "sub-ciêrncias" com status de grandes por sua "especialidade". Doutores em clavícula esquerda, Em Ligamentos do joelho. Doutores em Musica barroca, em Harmonia Schoenberguiana, em Canto Gregoriano. Faculdades de medicina que não ocntemplam a historia da medicina, Faculdades de engenhariam que não abarcam a Filosofia da engenharia.
    Mestres em Rock, que não tocam Blues, Mestres em Blues que não tocam Rock, Mestres das 8 cordas que nada sabem das 6 cordas, das 7....  
    Blues, Jazz, Metal, Death Metal , Djent, Hard rock, Bossa nova, Samba.. todas interpretações especializadas e formatadas de 12 notas cromáticas, mais do que exploradas  e quase que exauridas pela Opera do século XIX. e Nós em nossa especifidade medíocre, insistimos em nos vangloriar de retalhar a musica e saber tudo sobre os rins dela sem nada saber do fígado. E estamos prontos a metralhar ódio destilado ou  a congelar na falsa indiferença, aqueles que buscam o conhecimento como um todo, que amam a musica sem fronteiras, que fazem por crença e prazer e admiriação, Jazz e blues e Metal e Djent e choro Hard rock, e esmeram-se em abraçar o conhecimento, amar a Musa Música em sua plenitude e não apenas seus seios ou sua pelvis, mas a totalidade de sua existência inspiradora.

Estaria eu me comparando a Leonardo Davinci? Jamais. eu tenho simancol , contudo eu ja me importei demais com criticas à minha musica ser sem fronteiras e ir a varias direções. Hoje entendo que o amor ao conhecimento é muito mais importante . e sigo fazendo musica sem fronteiras, lutando por um conhecimento total. e dedico esse texto a dois tipos de pessoas:

Aos que como eu amam o conhecimento, amam a musica e a perseguem em sua totalidade. e aos Retalhadores de conhecimento. na esperança de que livrem-se dessas amarras da mediocridade e vivam a plenitude de seus talentos musicais numa celebração sem fronteiras.

Se existe um cara que foi unanimidade em sua area de conhecimento ( e notoriamante dominava outras areas) esse foi Bruce lee. e é com ele que termino esse post.
“Esvazie sua mente seja amorfo sem forma como a água, se você coloca água em um copo,ela se torna um copo, se você a coloca em uma garrafa ela se torna uma garrafa, se você a coloca em uma chaleira, ela se torna uma chaleira, a água pode fluir mas também destruir, seja água meu amigo.”
Abração.
(Claudio Passamani)


Guitarrista solo instrumental
Guitarrista d abanda de progmetal OPUS V
Guitarrista da banda de  hard rock FIRE
Guitarrista do Projeto djent e math metal LULLABY FOR ALIENS
Guitarrista e vocalista do quarteto de blues  SOCIEDADE DOMINANTE
Arranjador para Orquestra
Professor de Musica
Produtor Musical
Pesquisador na bateria, baixo e teclados

em resumo amante de musica.

sexta-feira, 1 de março de 2013

OS ÚLTIMOS REDUTOS DA VIRTUDE



Ontem eu ganhei duas horas na minha vida. quando digo "ganhei", foi porque em tempos de "tempo é dinheiro", ninguém para pra mais nada. E dentro disso o entretenimento virou um perfume, um luxo do qual poucos se dão ao trabalho (e o dinheiro) de desfrutar. E assim foi quando eu entrei lona a dentro no LE CIRQUE, ontem a noite , após uma proposta irrecusável da Clarice e do Caleb. E o que vi ali, realmente define o conceito de espetáculo. E a celebração da virtude. Sim amigos a celebração da virtude.  Tudo ali respirava virtude. A confiança do Trapezista de que seria pego por seu companheiro no tempo certo, quase que metronômico. Na humildade dos artistas que quando, não estavam no picadeiro, estavam com uniforme do circo, vendendo chaveiros, tirando fotos, ou simplesmente de contra-regra pro próximo número. Na beleza dos corpos esculpidos de homens e mulheres cuja habilidade consiste em realizar proezas incomuns ao "homo-ordinarius" sentado na platéia. Na precisão dos cinco motoqueiros apertados num globo, que de morte pouco tem.. poderia se chamar globo da virtude. Na sabedoria e piedade de quem excluiu os animais de seu espetáculo, posto que a virtude dos mesmos reside em sua liberdade e beleza naturais. ( pelo menos nesse espetáculo não vi animais, ainda que no site do circo tenha fotos de animais no espetáculo) Na alegria e simplicidade dos palhaços (e alguns deles eu vi que também fazem outros números acrobáticos) que conseguiram arrancar boas risadas de um "cínico bom guitarrista" cuja alegria andava meio minada pela frustração, mediocridade musical e o recalque alheio. E ali maravilhado eu contemplei a virtude humana, fiquei feliz de saber que ainda se cultua a virtude de alguma forma. E que buscar romper os próprios limites ainda é digno de aplauso. Mesmo que isso seja um negócio e que o sustento venha disso. Não há vergonha, posto que a virtude é admiravel.
Confiança,Humildade,Beleza,Precisão,Sabedoria,Piedade, Alegria e Simplicidade. Obrigado ao LeCirque por ser um dos útlimos templos da Virtude Humana. Se um dia Precisarem do "Guitarrista Mais rapido do oeste" ou o "The Flash guitarrista.. " contem comigo.

até a Próxima.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


ENDORSEMENT: MITOS, LENDAS E VERDADES


Muito tem se especulado,  elucubrado, vomitado e defecado pela boca à respeito dessa ferramenta de marketing que é usada em todo tipo de relação onde há produtos de consumo e um público alvo. Materiais esportivos,  Material Cirúrgico e inclusive nosso mundo , o dos instrumentos musicais, convive dia a dia com a realidade do Endorsement. Mas disso o que é verdade? O que é lenda? o que é auto-promoção? O que é recalque de quem está de fora do jogo?
Me permito aqui fazer uma reflexão a respeito do assunto. Porque me permito? Por que além, de músico profissional a  23 anos com vasta experiência na pratica musical. Sim a boa e velha da vida real que não se mede em “acessos” ou “likes” mas a que paga as contas, seja com shows na noite acompanhando artistas, fazendo cover e tocando som próprio além de clinicas e workshops  por todo país em escolas de música, igrejas, centros comunitários e todo tipo de lugar onde a necessidade de música se faz presente. E por estar desde 1998 envolvido com o marketing profissional na área de instrumentos musicais como demonstrador e endorsee/parceiro de varias marcas  como a Samick e Crate pela Habromusic, depois com a Schecter com a Sunset music, e atualmente com as marcas TMiranda ( pedais) , Gas Cases, Mrocha Bags, Cordas Solez, Palhetas Ferez,  Guitarras Ibanez  e amplificadores Laney. Alem da parceria com a empresa desenvolvedora de webasites Vision Arts que mantem no ar o site www.passamani.com.brPois bem do que se trata o tal Endorsement? A resposta é simples, contudo tem desdobramentos. Basicamente é uma ferramenta da qual empresas lançam mão onde elas vinculam sua imagem a um  músico e/ou artista ( no caso da música) e projetam a longo e médio prazo uma exposição sistemática mútua. O Artista utilizando o  produto em questão em suas apresentações , aparições publicas  e todo tipo de mídia vinculada ao artista. A empresa  pode( e deveria) conceder benefícios ao artista que podem se suceder em vários níveis dependendo do tanto de exposição do artista , bem como sua notoriedade. Isso vai de cotas de desconto na compra de instrumentos musicais, exposição nas mídias oficias da marca, suporte na manutenção e/ou aquisição de instrumentos até os casos mais notórios onde além de ganhar instrumentos musicais, o musico participa na elaboração de um instrumento que atenda suas necessidades pessoais e ganhe participação nas vendas e/ou um salario fixo.Dito isso vamos aos tipos de endorsement mais mais comuns:


AS ESTRELAS DA MARCAEm marcas maiores é comum que a empresa tenha no seu “artist rooster” nomes consagrados. Músicos e artistas de expressão e notoriedade nacional e internacional. É comum que a esses além de todo o equipamento seja entregue ao artista sem custo algum ( mas não é regra. Vide o caso G Govan/Shur), há um pagamento de salario e/ou participação nos Lucros da venda dos instrumentos signature ou modelos vinculados ao artista. Steve Vai, George Benson, Eric Clapton, Zakk Wyklde são alguns exemplos dessa categoria de endorsees.


ENDORSEES REGIONAISAlgumas marcas, além das estrelas de primeira grandeza, mantém um time “regional” escolhendo músicos em regiões especificas onde a necessidade de intensificar o marketing.  Geralmente são músicos que atuam em bandas locais, ou como artistas solo,  fazendo workshops,  e até como professores. Enfim, são músicos que vão por o publico alvo em contato mais intimo com o instrumento, já que o musico /artista em questão faz mais parte do dia a dia musical do publico alvo.  A forma de parceria desse tipo de artista varia de empresa pra empresa e de artista pra artista. É uma negociação pessoal que deve ser levada em conta se realmente válida tanto para a empresa quanto para o artista. (NÃO SENDO DE INTERESSE NENHUM A  ALGUÉM QUE NÃO ESTEJA ENVOLVIDA NO PROCESSO). Mas comumente vai de Descontos mais generosos sobre o preço de custo do instrumento, deixando o mesmo bem abaixo do preço de mercado uma vez que não há o lucro da própria importadora nem do lojista pra onerar o artista( as vezes limitando a compra a um instrumento, ou uma compra anual ou não.. dependendo do acerto); até a entrega gratuita  de UM único instrumento por ano de contrato, ou uma combinação desses itens todos acima ( em todos os casos a parte que “cobriria” o custo sai da verba destinada a marketing que toda empresa séria tem em um nível ou outro).


O PARCEIRO /PROFESSORAlgumas empresas adotam a política de parcerias com escolas e/ou professores de música cuja empresa considera como pontos de interesse para o marketing da empresa. A Esses , geralmente são concedidos privilégios de Lojista na aquisição do equipamento que em contrapartida fica exposto na escola para uso dos alunos, colocando o público em contato direto com o produto. Níveis de desconto são discutidos entre as partes mas dificilmente atingem os patamares dos descontos de endorsee regional.


O ESPECIALISTA DE PRODUTOSNão necessariamente um endorsee, mas comumente confundido com  um , o especialista de produtos é um funcionário da marca/importadora , que dá treinamento a funcionários de lojas, e atende em SAC da importadora, tirando duvidas de consumidores. São assalariados pra isso eventualmente tem acesso ( alguns ate ganham) os produtos que divulgam nos treinamentos. Como alguns desses também são musico/artistas é comum confundi-los com um endorsee, inclusive eles mesmos fazendo essa confusão as vezes. Contudo nada impede que um especialista de produtos seja tb um endorsee da marca atuando no setor artístico.




UMA OUTRA CLASSIFICAÇÃOPodemos ainda classificar os parceiros de endorsement quanto a seu envolvimento direto ou intermediado com a marca. Isso define basicamente o montante de verba disponível a ser investido.


ENDORSEMENT DIRETO DA FÁBRICAEsse artista está vinculado direto A fabrica do produto em questão. As negociações são feitas diretamente com o setor de marketing da marca em sue país de origem. Em empresas nacionais isso fica obviamente mais fácil dada a própria distancia. O porte da empresa pode também facilitar. Empresas pequenas geralmente mantém um canal mais aberto com o artista do que as grandes marcas, permitindo ao mesmo que participe de forma mais efetiva do processo de desenvolvimento do produto.



ENDORSEMENT DA IMPORTADORAAlgumas marcas grandes e consagradas como a Fender , Ibanez, Gibson, e tantas outras,  por seu próprio tamanho e visibilidade mundial, delegam funções aos  Oficial DEALERS, no caso do brasil as Importadoras. Além de intermediadores comerciais ( comprando da fabrica e revendendo ao lojista) , muitas das importadoras fiam responsáveis pela relação artista/fabrica no caso da ferramenta de endorsement. Contudo todo o trabalho é feito sob supervisão direta da marca o que torna a relação tão oficial quanto a primeira opção citada, além de poder evoluir para uma relação direto com a fábrica. O nível de envolvimento da Marca no processo de endorsement gerenciado pela importadora pode variar de empresa para empresa. Posso falar hoje no caso da Ibanez onde estou, que todo o processo é acompanhado de perto pelo setor de marketing da hoshino Gakki co. ( dona da marca Ibanez, Tama e outras..) Inclusive com visitas ao Brasil para discussões sobre o assunto e encontro com os artistas Ibanez Brasil.



ENDORSEMENT DO LOJISTAModalidade comum entre os músicos que tocam “na noite”, o apoio da Loja direto ao musico através de uma politica de descontos ou atem mesmo na entrega de um equipamento de graça ( dependendo da verba da loja pra isso), o Musico endossado geralmente se apresenta expondo a marca da loja em algum lugar de visibilidade como uma correia de guitarra uma pele de bumbo  e/ou uma camiseta, além de apresentações e workshops na loja eventualemente.OS PROBLEMAS DO ENDORSEMENT NO BRASILNo Brasil  a ferramenta de endorsement é comumente alvo de críticas ,( algumas bem fundamentadas  e argumentadas outras baseadas no subjetivismo recalcado de quem não faz parte do mercado musical sério,  para outros pelo mesma razão, tornou-se motivo de piadas em redes sociais. Mas pra muita gente ainda é negócio e negócio sério e lucrativo. Contudo tanta controvérsia tem lá sua razão e a origem disso podemos tentar analisar a seguir:



O “ENDOSSISMO PROFISSIONAL”Com raízes profundas fincadas no jeitinho brasileiro, no “levar vantagem”, no “se dar bem”, esta o “endossista profissional.Bancando o Lojista - Ao receber benefícios como descontos, e ate mesmo instrumentos , advindos de sua relação com a marca , o mesmo cria um mercado paralelo negociando esses instrumentos a medida que vai adquirindo-os, criando um “mercado paralelo” já que ele queimou etapas da cadeia comercial e consegue preços diferenciados. O que o “endossista profissional” não percebe é que ao fazer isso ele não fortalece a marca, antes a enfraquece uma vez que cria concorrência desleal com os próprios lojistas. Quando caem as vendas numa região x , isso significa que o trabalho do Endorsee la é nulo, que pouca diferença fez, logo ele como peça de marketing é desnecessário. Um tiro no pé. Pena que algumas empresas ainda não entenderam isso e mantem vampiros endossistas em seus roosters.


O Prostituto – Esse é fácil. A cada seis meses esta de marca nova, seja por que ganhou 150 reais amais  no contrato , ou uma guitarra a mais pra ele vender. Não entendeu que uma das prerrogativas do musico parceiro é o VÍNCULO de sua imagem à marca. Contratar um Artista desse além de queimar o filme da marca junto ao consumidor alimenta o vampiro que denigre o processo, gerando o circulo vicioso. E pouco importa se o Prostituto é uma “Estrela” ou não.  Em Países sérios isso tem implicações mercadológicas.) Impactos esses a nível de ações inclusive no mercado financeiro. Outro aspecto comum do prostituto é se vincular a produtos que não usaria normalmente. O musico usa guitarra de 8 cordas no seu projeto. Mas é endorsee de uma marca que não fabrica 8 cordas. Ou o musico que não usa chorus em absolutamente e nenhuma música, mas é endorsee de um chorus famoso. Ou ainda.. “fulano usa cabos x”. mas vc vai no show do cara e os cabos são Y. o mesmo pra guitarras, efeitos, etc...



O Alpinista – Esse então é o mais comum. O músico sem expressão nenhuma nem regional nem local quanto mais nacional. Sem um acarreia estabelecida, e alimentado por distorções como “eu tenho x mil acessos no youtube” ou “eu ganhei o concurso  melhor solo cultural “ ou “arpejo da semana do fórum da internet”, o Alpinista acredita que as coisas só vão acontecer pra ele se ele virar Endorsee de alguma marca. Ainda não entendeu que virar endorsee de alguma marca é consequência de coisas que já aconteceram e não causa. As vezes a vontade do alpinista é tão grande que ele se transforma no....



Pernóstico financeiro – Esse tipo é o mais vil, e infelizmente a coisa da errado no brasil por que ele encontra o LOJISTA/IMPORTADOR BURRO. O Pernóstico acha que pode comprar sua vaga de endorsee e as vezes compra. Já se ouve relatos no Brasil de venda de espaço a músicos sem endorsement nos estandes de algumas marcas. Nas principais Feiras do segmento.  Contudo sua ganância não tem limites e ele não se vincula a ninguém.. ele quer somente mais e mais.. e vai trocando de marca a te convencer ( ou tentar convencer) as pessoas que ele é um musico renomado porque tem endorsee até de cueca.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Emfim.. em meio a tantas lendas, problemas, uma carga de impostos pesadíssima do governo para a importação, distorções sociais como as redes sociais e seus fóruns pretensiosos, dispostos a apregoar sua verdade unilateral como sagrada, sem a menor preocupação com argumentos , o que pode ser explicado pela infantilidade  de um garoto de 14 anos atrás de um teclado, ou o recalque de um garoto de 30 atrás do mesmo teclado. Empresas que ainda não entenderam a verdadeira natureza da relação de endorsement, e com isso permitem que os tipinhos abjetos como o Pernóstico, o Alpinista o Prostituto se infiltrem e enfraqueçam o mercado. Tudo isso tem prejudicado bastante a imagem da utilização em nosso país.  Não é uma ferramenta perfeita como nenhuma delas é. Seja uma propaganda ou review numa revista,( assunto que pode dar pano pra manga, e gerar outro texto maior ainda que esse).Contudo o mercado é novo e esta em franca expansão apesar de carregar um saco de tijolos tributários, e a postura dos importadores e lojistas e músicos aos poucos tem mudado. Isso com o tempo  há de colocar todos em seus devidos lugares., sejam Marcas, importadores, músicos e pseudo-músicos recalcados.