terça-feira, 24 de outubro de 2017




Passamani de  Chico

De tudo que é banda fraca
Das de baile as de casacas
Ela já foi contratado
Do forró ao Hard rock
não ha banda onde não toque
ganha mal o desgraçado

Toca assim desde de garoto
Estudou não é escroto
Que as mãos fizeram calo
Ja ganhou competições
mil tapinhas, “toca muito"
Escorreu tudo pro ralo.

Ja tocou dentro de igrejas
Ja tocou por 10 cervejas
e nos bregas la do clube
Hoje so tem corda velha
e galera surda e cega
Vive sempre a repetir

Toca aquela vai Junin!
Saideira vai Junin!
Dele pode fofocar!
Ele pode denegrir!
Ele toca com  qualquer um!
Maldito Junin!

Um dia surgiu, brilhante
Com sorriso cativante
Um produtor Musical
Rondou por todos botecos
Casas de show e barecos
o cenário aqui vai mal

Sociedade envergonhada
nepotista e viciada
lhe tentou mostrar os“gênios"
O guitarrista social
A Playboy que canta mal
e o Blueseiro “evanjegue”

Produtor horrorizado
e o povo nem notou
ia cancelar o show
Caso os holofotes ligue
e o circo siga firme
quero aquele ali na GIG

Aquele ali era Junin!
mas não pode ser Junin!
Dele pode fofocar!
Ele pode denegrir!
Ele toca com  qualquer um!
Maldito Junin!

Mas o fato é que o menino
Talentoso e pequenino
Cativara o Produtor
O empresario encantado
As groupies desesperadas
pelo musico/cantor.

Acontece que o garoto
(desde que saiu do esgoto)
queria escolher suas gigs
A tocar em palacetes
pra almirantes e cadetes
Preferia seu velho trio

E ao saber que cancelaram
E o concerto adiaram
todo povo disse nããããão!!
Os donos de bar gourmet
queriam aumentar o cachê
de cem conto pra um milhão

Toca aquela vai Junin!
Saideira vai Junin!
Dele pode fofocar!
Ele pode denegrir!
Ele toca com  qualquer um!
Maldito Junin!

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ele resolveu tocar
de guitarra emprestada
E palheta desgastada
começou  a improvisar

Mas o som tava uma merda
a mina da cerveja lerda
e a banda errando tudo
mas o povo nem ai
todos a se divertir
contatou-se que estavam surdos

Depois de horas de gig
ele desligou seu ampli
começou a desmontar
Mas os surdos-bebos riam
E o dono na correria
começou a repetir




Toca aquela vai Junin!
Saideira vai Junin!
Dele pode fofocar!
Ele pode denegrir!
Ele toca com  qualquer um!
Maldito Junin!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

sentado a beira do caminho de cu é rola. rei é Raul. mas a tetra é minha.


adjetivo de 2 géneros
da margemque diz respeito à margem

que segue ao longo da margem

diz-se da pessoa que vive à margem da lei

ECONOMIA referente a pequenas variações

que é irrelevante ou pouco significativosecundárioacessório
nome de 2 génerospessoa que vive fora da lei, à margem da sociedadevadiodelinquente
nome femininoestrada ou avenida situada ao longo de costa marítima ou de margem derio


MARGINAL


A VIDA TA DE CHICO TA SANGRANDO PRA VALER
E EU NÃO VOU MORRER NO MODESS LOGO TENHO QUE CORRER
MAS O FLUXO TA TENSO TA DIFICIL SEGURAR
POR QUE O MODESS É SEM ABAS NÃO TEM ONDE SE AGARRAR

MARGINAL EU PREFIRO SER O MARGINAL
DO QUE SEGUIR O RIO
SEMPRE ACHANDO QUE É O TAL

TODO MUNDO DANDO SETA PRA ESQUERDA OU PRA DIREITA
MAS SE OLHAR BEM DE PERTINHO É TUDO DO MESMO TACHO
NÃO IMPORTA SE SUA PORTA É A LARGA OU A ESTREITA
VAI TODO MUNDO LA PRA BAIXO

MARGINAL...

NEM ET NEM JESUS CRISTO NEM MEU PAI E NEM ALÁ
TA TODO MUNDO PERDIDO QUE NEM DA PRA ACREDITAR
TODO MUNDO SE BATENDO E ESCORRENDO PELO RALO
E EU SO ME DESVIANDO SO PRA PRESERVAR MEU CALO

MARGINAL...

E O RIO TA ALARGANDO A CORRENTEZA TA MAIS FORTE
QUEM QUISER SEGUIR O FLUXO PODE IR TENTAR A SORTE
EU NÃO VOU SUBIR O RIO POR QUE EU NÃO SOU SALMÃO
VOU FICAR AQUI NA MARGEM NEGANDO A SITUAÇÃO

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

PROCURA-SE FORAGIDA A JUSTIÇA


"Justiça é um conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio, que por si só, deve ser razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado grupo social. Trata-se de um conceito presente no estudo do direito, filosofia, ética, moral e religião. Suas concepções e aplicações práticas variam de acordo com o contexto social e sua perspectiva interpretativa, sendo comumente alvo de controvérsias entre pensadores e estudiosos."

     Lendo essa bela definição wikipediana de justiça, após anos de um  sentimento incomodo antitético ao verbete que hoje boto no banco dos réus. resolvi escrever-vos alguns centavos sobre o que penso  sobre o assunto.
Gregos em geral tem um pensamento mais simplista sobre o qual , se construiu parte do conceito religioso e metafisico de justiça. Seja um Deus Vingador ou  no sistema dos espiritos de kardeck,  o senso comum é que "aqui se faz, aqui se paga" e de que isso é  grosso modo JUSTIÇA.  Com a gripe espanhola, a penicilina, a prensa, o tear, os bancos, o papel higienico e outras benéficies da  "civilização" a tal Justiça  melhorou sua indumentária , disfarçando-se  sob égides mais  complexas e fantasias mais realistas.  Alemães ingleses, americanos todos pensantes ávidos por um conceito que lhes coubesse no cérebro dilatado pelo conhecimento e raciocinio, ainda buscavam uma raiz para essa equação social mal resolvida. ainda que numa perspectiva futurista e  de certa forma utópica.
     O fato real é que a justiça caso exista, refugiou-se longe da raça humana pela incapacidade de conviver conosco. Como pode haver "equilíbrio" em quaisquer interesse entre duas pessoas sequer , quem dirá num recorte social ? como pode restaurar-se o "irrestaurável"? como aceitar uma suposta cura que deixa o tecido magoado cheio de cicatrizes e sequelas?. Deveria o perpetrador do ato injusto, da crueldade, da injustiça, sofrer em igual força , duração e intensidade o mal que causou?  Isso satisfaria  a uma alma magoada,  ferida, uma vida esvaziada ou um coração partido?
como um estuprador que não tem filho saberia o que é ter um filho estuprado? como pode um leigo entender a falta que faz um instrumento musical roubado? e caso possa.. saber que o universo ou deus ou amigos que sejam, voltaram-se contra ele  em igual intensidade  deveria curar o injustiçado?  privação do convívio social seja por reclusão ou mesmo negação da existência da pena de morte não seria premiar o  injusto ao invés de aplicar "justiça". Quanto aos exemplos de Justiça divina , não me ocorre nada que seja mais injusto  e que ignore a humildade de um  coração supostamente chegado a ele.  Dar-me uma nova casa após perder uma casa na enchente, deveria inundar meu coração de alegria? deveria jó simplesmente regozijar-se por ganhar novos 14  filhos após perder os 7 primeiros filhos ? não seriam amores, únicos? não seriam histórias únicas? que justiça espera por alguém cuja a infância foi roubada? cuja esperança foi  arrancada? cuja paz e tranquilidade  e a crença num mundo melhor são diariamente furtadas em doses homeopáticas?
Fico ironicamente com o avatar escolhido para representar esse ser mitológico : Caso existisse seria  alguém caminhando cegamente  de olhos vendados , balançando sua espada ao acaso degolando  , mutilando e incapacitando pessoas , inocentes ou não... e na outra mão uma balança que so pode estar equilibrada porque esta sempre vazia. pq não há pesos e medidas que banquem os cheques sem fundos passados pela Justiça.

um Abraço.